Passei a semana santa na cidade
de Fortaleza e pude constatar que o cearense, mesmo com as adversidades da
vida, é um povo feliz.
Ao aguardar minhas meninas que,
acompanhadas da mãe, compravam lembranças nas cercanias do Mercado Central,
presenciei passar ao largo vendedor de tudo (coco, água mineral, sacola, chapéu
de sol, artesanato, mingau, sopa etc.) e escutei atento o que tagarelavam
abertamente por quase duas horas.
A comunicação informal, carregada
de jocosidade, chamou a minha atenção, porquanto, embora vivendo de subemprego, sorriam
felizes uns com os outros como se tudo estivesse às mil maravilhas, mesmo que
o estoque de mercadoria desses ambulantes resumisse àquilo que carregavam
consigo, e alguns nada ainda tivessem vendido até àquela hora da manhã, com o
sol quase a pino.
Compreendi, então, o porquê do
Nordeste possuir tantos humoristas bons espalhados por este imenso Brasil. Entendi,
também, que o humor desse povo aguerrido e alegre é o motor que o impulsiona
para querer sempre mais e mais.
É... agora eu sei o que significa
ser nordestino!
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