sábado, 25 de novembro de 2023

Círio da Conceição, Padroeira dos Santarenos.



“Prova infalível


Quando eu soltar meu último suspiro;

quando o meu corpo se tornar gelado,

e o meu olhar se apresentar vidrado,

e quiserdes saber se inda respiro,


Eis o melhor processo que eu sugiro:

— Não coloqueis o espelho decantado

em frente ao meu nariz, mesmo encostado,

porque não falha a prova que eu prefiro:


Fazei assim: — Por cima do meu peito.

do lado esquerdo, colocai a mão.

e procedei, seguros, deste jeito:


Dizei “MARIA!” junto ao meu ouvido

e se não palpitar meu coração,

então é certo que eu terei morrido!”


* Pe. Manuel Albuquerque

domingo, 5 de novembro de 2023

Fumacê…

O costume secular de queimar roçados para preparar a terra acaba resultando na fumaça que cobre Santarém, sem excluir outros fatores, evidentemente. Salienta-se que essa prática, embora antiga e motivada pela falta de orientação, prejudica o meio ambiente e a saúde das pessoas, expondo a população ao dióxido de carbono por dias a fio. A solução que proponho envolve a necessidade do poder público, por seus órgãos especializados, indicar métodos sustentáveis de se preparar a terra, sob sua orientação e coordenação, visando evitar danos à natureza e à saúde humana. O fenômeno se repete todo fim de ano, com maior ou menor intensidade, de maneira que previsível. Vamos agir para prevenir!

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Dia de finados

Dia de finados 

Por José Ronaldo Dias Campos*

Fui ao cemitério visitar os túmulos de entes queridos e, com extrema tristeza, constatei a dificuldade de locomoção naquele lugar sagrado.

Necessário se faz, para alcançar o destino almejado, por incrível que pareça, caminhar sobre sepulturas, o que representa, além de vilipêndio aos mortos, risco acentuado de acidentes.

O estado físico do sepulcrário é preocupante, começando pela capela mortuária em ruínas.

Há um intenso comércio de flores, velas e serviços no local, facilitando a vida de pessoas que, de última hora, vêm rezar e ornamentar os túmulos de parentes e amigos no “Dia de Finados”.

Acredito, para arrematar, que já passou da hora de as autoridades reservarem espaço adequado para a construção de um novo cemitério, uma vez que o atual há muito tempo atingiu sua capacidade máxima.

Com relação aos cemitérios particulares, pelo preço do espaço e pela taxa de manutenção cobrados, o pobre certamente não terá vez, exceto se o município engendrar uma fórmula que abrace os hipossuficientes no pacto firmado com o particular, que, como empresário, visa o lucro.