Nesta
quarta e quinta-feira (7 e 8/11), os magistrados da Justiça Federal e
da Justiça do Trabalho farão dois atos em São Paulo pela valorização da
magistratura. Os atos fazem parte de uma série de medidas adotadas pelos
magistrados para chamar a atenção para a desvalorização de suas
carreiras, que sofreram perdas remuneratórias de 28,86% desde 2005,
quando foi implantado o subsídio único.
Entre as medidas adotadas,
está paralisação das atividades nestes dois dias. Os juízes federais e
do Trabalho decidiram também não participar da Semana Nacional de
Conciliação, de 7 a 14 de novembro, como forma de protesto à carga
extraordinária de trabalho sem a devida remuneração. Não haverá,
entretanto, prejuízo à população, uma vez que as audiências que seriam
realizadas durante a semana serão antecipadas ou marcadas para datas
próximas.
De acordo com os magistrados, em flagrante desrespeito à
Constituição Federal, o Poder Executivo não encaminhou ao Congresso, no
ano passado, a proposta orçamentária do Poder Judiciário que assegurava
o reajuste do subsídio. Neste ano, a proposta do Judiciário foi
indevidamente reduzida.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil
(Ajufe) e a Associação Nacional dos Juízes da Justiça do Trabalho
(Anamatra) afirmam que continuam abertas ao diálogo institucional, na
busca de uma solução consensual para a reposição das perdas
inflacionárias que corroem a remuneração dos magistrados.
As
associações preparam um material, distribuido para todo o Brasil, que
apresenta as principais reivindicações dos magistrados: reposição das
perdas do subsídio, adicional por tempo de serviço e equiparação com as
Magistraturas Estaduais e com o Ministério Público.
Fonte: Revista Consultor Jurídico
Fonte: Revista Consultor Jurídico
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