Servente de pedreiro recebe R$ 10 mil por ser proibido de entrar no tribunal.
O juiz alegou que roupa do rapaz era incompatível com o tipo de audiência.
Em 2007, Joanir Pereira foi impedido de participar de uma audiência na
Justiça do Trabalho em Cascavel, no Paraná. O juiz Bento de Azambuja
Moreira justificou que chinelo, bermuda e camiseta eram incompatíveis
com a dignidade do poder judiciário. O caso repercutiu em todo o Brasil e
o juiz chegou a dizer que se arrependeu. “Nunca tive a intenção de
ofender a honra e a dignidade de nenhuma das partes", afirma o juiz.
O juiz levou um sapato usado, para emprestar a Joanir, se ele
aparecesse de chinelo em outra audiência, mas o servente de pedreiro
recusou. “Humilhado. Eu era pobre, sou pobre ainda, naquela época eu
sofri muito. Me chamavam de chinelão”.
Joanir entrou com uma ação na Justiça por danos morais e ganhou. Depois
de seis anos, recebeu uma indenização de R$ 10 mil. O dinheiro foi pago
pelo Governo Federal.
Para o servente de pedreiro, o dinheiro não é o mais importante. “A
dignidade da pessoa, certeza. Pode ser uma roupa velha, mas tem que ter
dignidade”.
Fonte: Jornal Hoje, on line.
Fonte: Jornal Hoje, on line.
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