A capacidade dessa oleaginosa em controlar a progressão do Alzheimer já havia sido investigada em uma pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, divulgada em 2012. Naquela época, SAÚDE destacou as descobertas relacionadas à abundância do selênio na noz e seu potencial para impedir a produção exagerada dos radicais livres, moléculas que danificam as células e têm um papel na evolução dessa doença. De lá para cá, os cientistas resolveram verificar se uma dieta com castanha-do-pará barraria danos na massa cinzenta de quem ainda não tem Alzheimer, mas já apresenta lapsos cognitivos leves.
Para isso, a nutricionista Bárbara Cardoso recrutou 20 idosos com taxas de selênio aquém do esperado. Eles foram divididos em dois grupos, que passaram por uma série de testes cognitivos. Durante seis meses, a primeira parcela dos voluntários experimentou comer uma castanha por dia e, na segunda turma, não houve qualquer mudança na alimentação. Ao fim do experimento, os exames foram repetidos. Resultado: quem adicionava uma unidade da oleaginosa à rotina alimentar se saía melhor em várias provas — da fluência verbal até a capacidade de memorizar figuras. Atenção: uma unidade de castanha-do-pará por dia já é o suficiente. Superar esse limite pode até ser danoso para o organismo, tamanha a sua concentração de selênio.
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