Cerimônias de assinatura de convênio e de lançamento
da pedra fundamental marcam o início da implantação da base científica
que beneficiará a comunidade acadêmica da UFOPA.
“É um fato muito auspicioso para nós
fazermos daquela área uma base científica da UFOPA”, afirmou o reitor da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), José Seixas Lourenço,
durante a celebração do convênio entre a Universidade e a Eletronorte,
que visa à implantação de uma base científica na área da Usina
Hidrelétrica de Curuá-Una, em Santarém (PA). “É um privilégio muito
grande poder contar com uma base científica muito sólida, em parceria
com a Eletronorte”, ressaltou.
Ocorrida no dia 6 de junho de 2013, no
Auditório do Câmpus Tapajós, a solenidade contou com a presença do
diretor-presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araújo, que destacou a
necessidade de realização de mais pesquisas voltadas para a produção de
energia limpa. “Temos um rol de atividades e pesquisas a ser executadas
que vão depender da academia”, afirmou.
Após a assinatura do convênio, o
pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica da UFOPA,
Marcos Ximenes Ponte, apresentou à comunidade acadêmica o projeto da
base científica, que prevê diversas ações de pesquisa nas áreas
ambiental e de engenharia. “Como a UFOPA assumiu várias frentes de
pesquisa, neste convênio integramos o componente de inserção social, com
os componentes ambiental e de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou.
“Em torno da barragem da hidrelétrica de Curuá-Una se forma um complexo
ambiental muito interessante, que nos servirá como área de estudo”.
Pedra fundamental - Em
continuidade à programação alusiva à implantação do projeto, foi
realizada no dia 7 de junho de 2013, na Hidrelétrica de Curuá-Una, a
solenidade de instalação da pedra fundamental da Base Científica da
UFOPA, que contou com a participação de membros e representantes das
duas instituições parceiras.
No monumento da pedra fundamental foi
depositada uma cápsula do tempo com documentos, fotografias e registro
sobre a Eletronorte e a UFOPA, para que as futuras gerações possam
resgatar informações referentes à implantação da base científica. “É
algo para o futuro, para as próximas gerações, pois a cápsula do tempo
será aberta daqui a 100 anos”, afirmou o diretor-presidente da
Eletronorte.
“Essa é uma data que vai entrar para a
história e temos muito orgulho do que estamos fazendo hoje aqui,
transformando essa área em um local voltado para a pesquisa e para a
formação dos nossos jovens”, afirmou o reitor da UFOPA, durante a
solenidade. “Foi o espírito acadêmico e científico que nos permitiu
sonhar com a construção desta base científica”.
Sonho - Durante sua
apresentação, o pró-reitor Marcos Ximenes também destacou a implantação
do Laboratório de Turbomáquinas, que possibilitará o desenvolvimento de
técnicas e ensaios voltados para a reutilização de turbinas hidráulicas.
“Temos a oportunidade de realizar este sonho: a montagem de um grande
laboratório de turbomáquinas na Amazônia, que será referência para a
capacitação e treinamento de pessoal especializado”, afirmou.
De acordo com o pró-reitor, a primeira
etapa da implantação da base científica consiste na reforma e adequação
de instalações físicas, que serão equipadas, para a realização de
pesquisas sobre temas como aquicultura, ciências florestais, fauna
silvestre, entre outras. “A Eletronorte está cedendo alguns prédios para
nós, que serão reformados e adequados”. A proposta prevê a implantação
de laboratórios interdisciplinares, central de processamento e análise
de dados, alojamento para professores, salas de estudos e de reunião.
O Instituto de Ciências e Tecnologia
das Águas (ICTA) terá um laboratório próprio voltado para o
monitoramento ictiológico, limnológico e da qualidade da água do
reservatório hidroelétrico de Curuá-Una. O laboratório contará com uma
base flutuante, voltada para estudos sobre reprodução e criação de
peixes ornamentais e de engorda.
Outra novidade será o centro de
pesquisa em agroecologia, composto de laboratórios de produção vegetal,
fitossanidade, biotecnologia, microbiologia, entre outros. O centro será
coordenado pelo Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), que
promoverá estudos voltados para sistemas agroflorestais e para o
salvamento e observação sistemática de animais silvestres.
Maria Lúcia Morais - Comunicação/UFOPA
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