Escrito por Redação
Um estudo realizado pela empresa Macrologística, de São Paulo, sugere a construção de um segundo porto fluvial para atracação de navios graneleiros em Santarém.
O local sugerido é a área da Infraero, que fica entre a pista do Aeroporto Internacional e a praia da Maria José, a 3 KM do atual porto da CDP que fica na área urbana.
A Macrologística Consultoria Ltda vem realizando estudos sobre transportes e logística no Brasil há vários anos. Em 2011, a pedido da Confederação Nacional da Indústria, ela elaborou o projeto Norte Competitivo que aponta os caminhos para tirar a região do atraso no setor de logística.
A construção de um grande porto em Santarém é decisiva para que o município atenda as necessidades de escoamento da produção agrícola do Mato Grosso nos próximos anos. Esta opinião é unanimidade entre os produtores do estado vizinho e as autoridades do setor. Ele seria o ponto final do modal rodoviário e ferroviário ligando o Nortão do Mato Grosso a Santarém, servindo para trazer a produção agrícola e levar fertilizantes.
Na perspectiva do projeto, a estrada de ferro e a rodovia seguiriam em linha reta, a partir de Belterra, na direção do porto da Maria José, onde os grãos seriam embarcados para o exterior. O porto também receberia barcaças com fertilizantes que seriam levados por trem e carretas até o Mato Grosso.
Mesmo que seja apenas uma sugestão, o projeto desperta questionamentos a quem o conhece. O principal está ligado ao meio ambiente, com o fim de mais uma praia santarena, como aconteceu com a Vera Paz que cedeu lugar para o terminal graneleiro da Cargill. Além disso, o empreendimento poderá criar um grande lastro de especulação imobiliária e agressão às outras praias do Tapajós, da Maria José até Ponta de Pedras.
Fonte: Portal Muiraquitã
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