*Matéria publicada em 05 de abril de 2008
Destacam-se no período invernoso as chuvas de março pela sua exuberância, repetindo-se sincronizadamente ao longo dos anos e na mesma época, de maneira que totalmente previsíveis. Sempre foi assim, até as pedras sabem disso.
Neste ano o fenômeno, embora mais acentuado, não foi diferente: inundou ruas, destruiu residências, danificou veículos, invadiu áreas comerciais, derrubou árvores, fez das vias públicas uma buraqueira só, criando um ambiente propício à proliferação do mosquito da dengue, que chegou a vitimar pessoas.
Os transtornos causados pelas chuvas torrenciais, como relatados pela imprensa, tomaram o poder público de “surpresa”, por não possuir, no momento crítico, disponibilidade orçamentária para arcar com os reparos prementes, obrigando a gestora municipal a decretar Estado de Emergência, apesar do fato se repetir secularmente.
No próximo ano, faço lembrar, o fenômeno se renovará naturalmente, de modo que mais que previsível, como dito alhures, é esperado, competindo às autoridades prevenirem-se para evitar, ou pelo menos minimizar os impactos decorrentes dos fortes temporais.
E não adianta impermeabilizar as ruas com pintura asfáltica, nem tampouco remendá-las, sem o precedente e indispensável serviço de infra-estrutura (saneamento e drenagem), pois a natureza é implacável com ações paliativas.
Engana-se o povo, a natureza jamais!
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