terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Quem levou a barraca padrão de Alter do Chão?

 

Nota sobre a barraca padrão da Ilha do Amor, em Alter do Chão

  • 22 de fevereiro de 2022 - 12:05

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) tomou conhecimento na segunda-feira (14/02) do desaparecimento em janeiro de 2022 da barraca padrão, construída por nossa entidade com apoio de associados em 2015/2016, com o objetivo de renovar o visual das 17 barracas e melhorar o atendimento aos visitantes no istmo conhecido como Ilha do Amor, no distrito de Alter do Chão.

Em 26 de outubro de 2021, por solicitação da direção do Museu de Ciência da Amazônia (MuCA), cedemos a barraca. Porém, ao iniciar as obras de revitalização que incluiriam a instalação de placas solares, os colaboradores da empreiteira constataram no dia seguinte o desaparecimento da estrutura. Diante do fato, lamentamos que a tenham desmontado deliberadamente, sem consultar a entidade, a Prefeitura de Santarém ou qualquer outro parceiro da construção.

O projeto teve um investimento R$ 45.760,90 e tinha como objetivo padronizar os empreendimentos turísticos do principal cartão postal da região Oeste do Pará. A barraca possuía um total de 100 m², incluindo área do assoalho, área coberta e varanda.  A área coberta media 50m², com cobertura confeccionada em palha, uma matéria prima natural típica da região e a parede em bambu. Foi durante todos esses anos um atrativo turístico, sendo fotografada e filmada diariamente.

A iniciativa foi fruto de diálogo com a comunidade durante meses, com a tentativa de encontrar investidores para patrocinar as obras, sem nenhum custo para os barraqueiros. Porém, a insegurança jurídica quanto ao uso da praia, considerando ser área estar na jurisdição da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), impediu o nosso plano.

Desde o princípio, nosso maior objetivo seria melhorar as condições de atendimento e fortalecer o setor de turismo que notoriamente avançou e representa uma importante estratégia de desenvolvimento sustentável para Santarém.

Queríamos ajudar, mas infelizmente foi mais um projeto que encontrou limites diante das controvérsias de Alter do Chão.

José Roberto Branco Ramos

Presidente da ACES

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