A questão
fundiária local traduz-se em um seríssimo problema a dificultar a implantação
de indústrias em Santarém. A insegurança jurídica afasta investidores pela
complexidade e risco na aquisição de adequadas áreas para edificação de suas sedes,
inibindo o desenvolvimento e a geração de emprego.
A União, o
Estado e o Município não conversam para a resolução do impasse objetivando
viabilizar a segura aquisição imobiliária, atraindo investidores para a nossa
região. Sem falar no INCRA, IBAMA, ICMBIO e órgãos congêneres que criam mais
embaraços que solução, afastando o capital externo e inibindo o desenvolvimento
sustentável.
Tomo como
exemplo, para não ser cansativo, porquanto não se trata de caso isolado, o
crucificado "Hotel de Selva Tapajós Amazon Lodge", inaugurado há mais
de duas décadas e que se encontra apodrecendo em razão da posterior criação da
RESEX Tapajós-Arapiuns, que inviabilizou a sua continuidade, sob a alegação de
defeito ou vicio na aquisição da área em um passado remoto. Questão complicada,
destacadamente por envolver estrangeiro, que induzido a erro pela fé pública do
documento fornecido pelo Cartório de Registro de Imóveis, que dava como boa a
aludida propriedade no momento do ato translativo, adquiriu dito
empreendimento, hoje com prejuízo incalculável.
O esperado
Parque Industrial de Santarém sofre com o mesmo problema em razão de não
conseguir documentar, por questões burocráticas, as áreas que lhe interessam.
Dito isso,
quem terá coragem de investir em Santarém com a insegurança reinante? E vejam que
eu não me reportei à falta de incentivo governamental!
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