Protesto aconteceu no mesmo lugar onde as aves foram encontradas caídas, na avenida Efigênio Sales, Zona Centro-Sul de Manaus. Apesar da causa das mortes ainda estar sendo investigada, os manifestantes acreditam que os animais foram envenenados
Manifestantes protestam contra a "morte em massa" dos periquitos.
Segundo informações da Polícia Militar, número de manifestantes deve
chegar a mil antes das 17h
Nem
o forte calor deste sábado (29) impediu que aproximadamente 250 pessoas
ocupassem a frente do condomínio de luxo Efigênio Sales, na avenida
homônima do bairro Aleixo, na Zona Centro-Sul de Manaus, para protestar e
pedir justiça pelos mais de 200 periquitos encontrados mortos na última quinta-feira (27). Apesar da causa das mortes ainda estar sendo investigada, os manifestantes acreditam que os animais foram envenenados.
Alguns
pássaros ainda estão morrendo no local. No momento da manifestação, um
periquito caiu de uma das palmeiras do condomínio, causando mais
indignação entre os participantes. “Eu vim lá da Zona Leste para pedir
que os responsáveis por essa barbaridade sejam punidos. Os periquitos
passavam pela mata de onde moro (conjunto Acariquara) e eu gostava de
ouvi-los cantar todas as manhãs e todo fim de tarde. É inacreditável que
tenham feito isso com esses animais”, lamentou a aposentada Sandra
Soares, 53.
O
ato continuou pelo início da noite e, às 18h, quando as aves apresentam
um epetáculo da natureza ao sobrevoar o local fazendo um som alto e
característico, os manifestantes voltaram a gritar palavras de ordem. Ao
passo em que a indignação das pessoas presentes só aumentava, bombeiros
que estavam no local começaram a retirar as telas das palmeiras.
O protesto foi marcado pela Facebook e reuniu pessoas de diferentes idades e bairros da cidade, além de membros de Organizações Não-Governamentais (ONGs) de proteção animal. Apesar da lentidão que o ato causou ao tráfego de veículos no local, a manifestação recebeu apoio dos motoristas. Alguns até saíram dos veículos para participar do protesto, como é o caso do administrador Carlos Alberto de Souza, 28.
O protesto foi marcado pela Facebook e reuniu pessoas de diferentes idades e bairros da cidade, além de membros de Organizações Não-Governamentais (ONGs) de proteção animal. Apesar da lentidão que o ato causou ao tráfego de veículos no local, a manifestação recebeu apoio dos motoristas. Alguns até saíram dos veículos para participar do protesto, como é o caso do administrador Carlos Alberto de Souza, 28.
“Eu já tinha confirmado minha participação pela Internet, mas acabei esquecendo. Hoje, ao voltar para casa, percebi que o protesto estava de fato acontecendo e resolvi estacionar e aderir ao movimento. Eu moro aqui próximo e nunca me incomodei com o barulho, muito menos com os animais. Eles faziam a alegria das minhas filhas”, comentou.
Justiça
“Queremos
apenas justiça”, “Telas? Em plena Amazônia?” e “Salve a fauna manauara”
eram algumas das frases escritas nos cartazes dos manifestantes. A cada
minuto eles fechavam a via por alguns segundos e gritavam pela retirada
das telas das palmeiras imperiais, plantadas na frente do condomínio
residencial.
Moradoras da avenida Via Lactea, Tânia Maron, 60, e Tati Maron, 27, também participaram do protesto. Mãe e filha, elas acreditam que os pássaros foram envenenados. “Queremos pensar que não, mas não imaginamos outra hipótese. Ficamos chocadas quando vimos os periquitos mortos e também resolvemos cobrar que a justiça seja feita. Esses animais deixavam até o congestionamento mais bonito, e agora estamos sem eles”, lamenta Tânia.
Suspeitas
Moradoras da avenida Via Lactea, Tânia Maron, 60, e Tati Maron, 27, também participaram do protesto. Mãe e filha, elas acreditam que os pássaros foram envenenados. “Queremos pensar que não, mas não imaginamos outra hipótese. Ficamos chocadas quando vimos os periquitos mortos e também resolvemos cobrar que a justiça seja feita. Esses animais deixavam até o congestionamento mais bonito, e agora estamos sem eles”, lamenta Tânia.
Suspeitas
A
organizadora do protesto, a professora Talita Carvalho, informou que o
protesto foi organizado para pressionar os órgãos ambientais, a fim de
descobrir a causa das mortes. “Queremos saber quem fez e porquê fez,
para que sejam punidos. Não estamos aqui para julgar o condomínio, mas
queremos justiça. Eu moro aqui perto e essas mortes foram a gota d’água.
Um grupo de pessoas não podem agir dessa maneira e matar os animais,
isso foi um ato desumano”.
Ela informou, ainda, que os advogados das ONGs de proteção animal denunciarão o caso ao Ministério Público do Estado (MPE) por crime ambiental. “Hoje temos muitos cidadãos comuns revoltados com o que aconteceu. Temos suspeitas, pois agora a pouco uma testemunha nos informou que na quarta-feira viram pessoas pulverizando as palmeiras”.
A equipe de A CRÍTICA tentou falar com alguns moradores do condomínio, mas eles preferiram não se manifestar. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) recolheu alguns animais para passarem por exames toxicológicos que constatarão a causa da morte “em massa”.
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