quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Muiraquitã: amuleto da sorte


RESGATADOS? - Muiraquitã, para mim, lembra lago verde de Alter do Chão. Talvez por isso eu fui, ontem, até o Museu de Arte Sacra para a abertura da exposição "Coleção de Muiraquitãs do Governo do Pará”.

Achei merecedora de aplausos a iniciativa do governo do Estado de reunir num só lugar as cobiçadas e belas peças em formato de rã. A surpresa foi saber que toda “a coleção resgatada (assim eles grafaram) pelo Governo do Pará é constituída de 101 muiraquitãs provenientes da região do baixo Amazonas”, particularmente dos municípios de Santarém, Óbidos, Alenquer, Oriximiná, Faro e Terra Santa. 

Que eu saiba, esses artefatos indígenas quando encontrados, mesmo isolados, pertencem à União. E por que eles teriam que ficar na metrópole, longe dos seus locais de origem? Quer dizer que agora, quando os estudantes daquelas cidades desejarem conhecer a arte dos seus antepassados terão que viajar quase mil quilômetros até Belém?! 

Não tem graça! Devolvam os muiraquitãs lá pra região onde eles foram produzidos, seus egoístas, que este, certamente, será um ato ainda mais louvável.
 
Por Pedro Pedro
Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, que eram confeccionados pelas índias que habitavam às margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro.
Até hoje acredita-se que o Muiraquitã traz felicidades a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto de sorte.
O Muiraquitã é considerado um amuleto de sorte para quem o possui.
Conta a lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade e é considerado um amuleto de sorte para quem o possui. O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original.
A fama e o exotismo do amuleto o tornaram cobiçados desde os primórdios da colonização da Amazônia, nos séculos XVII e XVIII, quando foram encontrados pela primeira vez nas proximidades dos rios Nhamundá e Tapajós.
Poucos são os exemplares que podem ser apreciados atualmente, principalmente em sua região originária. Eles estão espalhados pelos principais museus do mundo e em coleções particulares.

Fundo históricoAté hoje acredita-se que o Muiraquitã traz felicidades a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto de sorte.

O muiraquitã era usado pelas mulheres tapajós como amuleto para prevenir doenças e evitar a infertilidade. A crença se espalhou pelo Baixo Amazonas e chegou ao Caribe, onde foram achados muiraquitãs amazônicos. “Devem ter sido um objeto de troca entre as elites”, diz o arqueólogo Marcondes Lima da Costa, da Universidade Federal do Pará. A moda pegou até na Europa no século XVIII, muiraquitãs eram levados para o Velho Continente. Acreditava-se que evitavam epilepsia e cálculos renais. Hoje são peças raras, que alcançam altos preços nos leilões.


Confere aí: http://noamazonaseassim.com.br/a-lenda-do-muiraquita/

5 comentários:

  1. Caro e nobre professor, os únicos lugares que existem essas peças; garimpadas nas praias da região, é FARO e TERRA SANTA, o resto é lenda, pode crer...

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    1. Os de jade nasceram em Óbidos ou Monte Alegre ou Santarém

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  2. Óbidos, Monte Alegre e Santarém são (cientificamente) os locais mais prováveis de origem do elemento muiraquitã presente em algumas lendas amazônicas que antigos romancistas e folcloristas, por conta própria, estenderam para outras localidades. A outra única possibilidade de origem seria da tese asiática, no entanto essa é defendida por uma minoria extremamente pequena de pesquisadores.

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  3. Óbidos, Monte Alegre e Santarém são (cientificamente) os locais mais prováveis de origem do elemento muiraquitã presente em algumas lendas amazônicas que antigos romancistas e folcloristas, por conta própria, estenderam para outras localidades. A outra única possibilidade de origem seria da tese asiática, no entanto essa é defendida por uma minoria extremamente pequena de pesquisadores.

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  4. Ilustre professor... Estive essa semana na citada exposição e só senti indignação. A expressão"RESGATADOS"não se enquadra ao caso, a expressão mais adequada seria: "EXPROPRIADOS" mas vou me aprofundar nas pesquisas desse fato e batalhar para que essas peças retornem as terras tapajônicas e desde já... CONTO COM SEU APOIO.

    Dr. Alfredo Barreto

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