terça-feira, 11 de março de 2025

Lista Sêxtupla

Lista Sêxtupla do MP ao Desembargo pelo Quinto Constitucional:

1- CESAR BECHARA NADER MATTAR JUNIOR

2- MONICA REI MOREIRA FREIRE

3- SANDRA FERNANDES DE OLIVEIRA GONCALVES

4- JOSE EDVALDO PEREIRA SALES

5- FREDERICO ANTONIO LIMA DE OLIVEIRA

6- DANIELA SOUZA FILHO MOURA

domingo, 9 de março de 2025

Pensata

Com o tempo vem o esquecimento 

A riqueza, o orgulho e a fama são coisas que o tempo apaga!

segunda-feira, 3 de março de 2025

A Erosão do Direito e o Crepúsculo da Justiça,

O Direito, enquanto ciência da interpretação, perdeu a arte. Sua essência, que deveria combinar rigor técnico com sensibilidade na aplicação das normas, foi engolida por um formalismo vazio e por uma polarização ideológica que obscurece a busca pela justiça. Esta, por sua vez, deixou de ser sonho para se tornar ilusão, descrédito.

O que aprendemos e cultivamos ao longo da história jurídica—princípios, dogmas, garantias fundamentais—parece hoje esvaziado de sentido. O Direito, que deveria ser um instrumento de estabilidade e previsibilidade, está atrofiado, confuso. Os princípios fundamentais, concebidos como normas de otimização do sistema jurídico, encontram-se arranhados, desvalorizados, tratados como obstáculos em vez de diretrizes.

Essa degradação é fruto de uma nefasta polarização que não apenas divide opiniões, mas corrói a racionalidade do debate jurídico. O Direito, que sempre exigiu ponderação e argumentação técnica, foi sequestrado por discursos passionais, por conveniências políticas e por interpretações que moldam as normas conforme interesses momentâneos. Agentes do Direito e legisladores, em vez de guardiões da ordem jurídica, muitas vezes se tornam peças de um tabuleiro dominado por ideologias e pressões externas.

O reflexo desse cenário no povo é evidente: a confiança nas instituições desmorona, a crença na imparcialidade da justiça se dilui, e a sensação de insegurança jurídica se espalha. Mergulhamos numa crise de incerteza que nos deixa perplexos, desesperançados, inebriados pelo caos normativo e pelo ativismo desenfreado.

Mais do que uma crise institucional, vivemos uma crise de valores e de identidade do Direito. O medo ronda a democracia, não apenas por ameaças externas, mas pela erosão interna de seus pilares fundamentais. Se o Direito continuar refém dessa degradação, o risco maior não será apenas a instabilidade jurídica, mas a dissolução da própria ideia de justiça como princípio regulador da sociedade.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Abuso de poder econômico: TRE-PA determina citação de investigados

A recente decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), que determinou a citação de investigados em um caso envolvendo suposto abuso de poder econômico em Santarém, traz à tona uma discussão fundamental sobre a lisura do processo democrático brasileiro e os mecanismos de controle existentes para sua preservação.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), instrumento processual previsto em lei, representa uma das principais ferramentas à disposição da Justiça Eleitoral para combater práticas que possam desequilibrar a igualdade de condições entre candidatos durante o processo eleitoral. No caso em análise, o TRE-PA, ao determinar o prosseguimento da investigação, demonstra a seriedade com que o judiciário tem tratado denúncias desta natureza.

O abuso do poder econômico no contexto eleitoral pode manifestar-se de diversas formas, desde o uso desproporcional de recursos financeiros até a utilização de estruturas e benefícios materiais para influenciar o eleitorado. Tal prática, quando comprovada, não apenas viola princípios constitucionais fundamentais, como também compromete a legitimidade do processo democrático, afetando diretamente a livre formação da vontade do eleitor.

É importante ressaltar que a mera instauração de investigação não pressupõe culpa dos investigados, sendo fundamental a observância do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. A determinação de citação pelo TRE-PA, neste contexto, representa apenas o início de um processo investigativo que buscará apurar a veracidade das alegações apresentadas.

A atuação preventiva e fiscalizadora da Justiça Eleitoral, como demonstrada no caso em questão, revela-se essencial para a manutenção da credibilidade do sistema eleitoral brasileiro. O estabelecimento de precedentes e a construção de uma jurisprudência sólida sobre o tema contribuem para desestimular práticas abusivas e fortalecer os pilares democráticos.

Por fim, cabe destacar que o combate ao abuso de poder econômico nas eleições não deve ser uma preocupação exclusiva do judiciário, mas sim um compromisso de toda a sociedade. A vigilância constante e a denúncia responsável de irregularidades são fundamentais para garantir que o processo eleitoral reflita genuinamente a vontade popular, livre de interferências indevidas do poder econômico.

O caso em análise pelo TRE-PA, portanto, serve como importante exemplo da necessidade de manutenção de mecanismos eficientes de controle e fiscalização do processo eleitoral, reafirmando o papel fundamental da Justiça Eleitoral na preservação da democracia brasileira.

Vide decisão a seguir: 






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A natureza reclama

O município bem poderia promover um mutirão para remover o lixo que a enchente do Tapajós empurrou para a margem do rio e concentrou em alguns pontos da orla.

Aproveite a ajuda da natureza que devolveu a poluição para ser recolhida e transportada para o aterro público, seu prefeito.


 

Resgate da cantada e decantada "Rocha Negra"

Prefeito José Maria Tapajós, torne realidade a criação do Parque Ambiental “Rocha Negra”, promessa do ex-prefeito Nélio Aguiar. A ex-prefeita Maria do Carmo marcou presença com a criação do Parque da Cidade. Faça o mesmo!

A “Rocha Negra", bela área de preservação situada no coração de Santarém, com queda d’água em seu interior, adquirida na década de 90 da família Liebold, na gestão Ruy Corrêa, encontra-se em completo abandono, sujeita a invasão.

A área de 359 hectares, localizada no bairro Cambuquira, próxima a BR-163, está protegida pelo Decreto Municipal 491/2022, que impôs limitação administrativa provisória ao idealizado Parque Natural da Rocha Negra.


Existe projeto tramitando a passos de cágado no município com esse objetivo. É só conferir!


domingo, 16 de fevereiro de 2025

O povo e suas escolhas

Em nome da democracia, justifica-se que o chefe do Executivo, por ter sido eleito, escolha a seu talante os membros da cúpula da jurisdição nacional, politizando o Judiciário e comprometendo sua independência? O fenômeno não é novo, mas, hodiernamente, tornou-se ainda mais evidente. Afinal, quem pode negar a polarização reinante nas atividades da República?

Historicamente, a nomeação de magistrados por critérios políticos não é exclusividade dos tempos atuais. Impérios, monarquias e repúblicas sempre flertaram com a conveniência de ter um Judiciário alinhado ao poder. No Brasil, a Constituição confere ao presidente da República a prerrogativa de indicar ministros para as cortes superiores, um modelo que, embora formalmente legítimo, levanta questionamentos sobre sua necessária imparcialidade.

No campo jurídico, defende-se que a sabatina pelo Senado funcionaria como um filtro, garantindo a qualificação e a independência dos indicados. Mas, na prática, quantas vezes esse controle se revelou mera formalidade? A separação dos poderes, idealizada por Montesquieu e princípio fundamental da República, enfraquece-se quando os atores que deveriam julgar com autonomia são escolhidos por quem, em muitos casos, poderá ser beneficiado por suas decisões.

Politicamente, o impacto é evidente: a Justiça, concebida como um poder acima das paixões partidárias, torna-se peça no xadrez político. A cúpula do Judiciário, em vez de ser vista como guardiã da Constituição, passa a ser percebida como extensão de interesses momentâneos, de um lado ou de outro, fruto de uma inegável polarização.

E assim seguimos, em um paradoxo curioso: a democracia, que deveria garantir instituições independentes, permite que um só indivíduo, eleito por voto popular, exerça influência determinante sobre aquele que deveria ser o último bastião contra abusos de poder. Ironia ou método?

Enfim, de quem é a responsabilidade pelo destino do Brasil? Do povo? Mais precisamente, do cidadão, que elege políticos sem a necessária qualificação e idoneidade para o exercício de tão nobre missão?

Será que é tão difícil ser honesto no âmbito da política partidária?

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Pensata

Eu nunca deixo de atender quem me procura, seja cliente, ex-aluno, amigo ou mesmo desconhecido, independentemente do dia, da hora ou de ser feriado.

Caso não esteja disponível no momento – com exceção dos golpes virtuais que me perseguem – assim que leio a mensagem respondo com dedicação e prazer.

Minha formação humanística me orienta a agir dessa forma. Quem dera que todos pensassem da mesma maneira.

Ajudar os outros faz bem à alma.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Boim, bonita, mas abandonada

A Vila de Boim, localizada na margem esquerda do Rio Tapajós, hoje distrito de Santarém (PA), fica aproximadamente 90 quilômetros ao sul da sede municipal.

Sua fundação remonta a 1690, quando uma expedição de jesuítas, liderada pelo Padre Antônio da Fonseca, estabeleceu a “Aldeia de Santo Inácio de Loyola” na região habitada por silvícolas.

Atualmente, Boim faz parte da Reserva Extrativista Tapajós, uma área de grande beleza natural e importância ecológica, rica em história e cultura.

Contudo, apesar de secular, a comunidade continua abandonada pelos políticos, que só aparecem em época de eleição, prometendo a construção de obras necessárias, como a precária ponte que, há muitos anos, coloca em risco a vida dos comunitários, como se infere das recentes imagens  a seguir colacionadas..

A promessa foi recentemente renovada pelo prefeito.

Vou cobrar, autoridade!






domingo, 26 de janeiro de 2025

Alter do Chão, no interior da Amazônia

Alter do Chão tem  características próprias: muda e se renova com as estações do ano, amigo leitor. O cristalino Rio Tapajós modela e dimensiona suas belas praias o tempo todo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

No vácuo da incompetência

A violência que se alastra pelas periferias, comunidades e favelas do Rio de Janeiro deve ser debitada ao Estado, que cedeu espaço às organizações criminosas.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

PIX - Azedou para o govermo

povo não reclamaria do novo regramento do PIX se o governo fosse transparente, controlasse rigorosamente as contas públicas, abandonasse a prática de negociar emendas parlamentares, evitasse o desperdício, combatesse a corrupção e os altos salários;  mesmo angustiado com a alta carga tributária que lhe é imposta.

A indignação com as mudanças reflete algo mais profundo: a falta de confiança nas instituições. Não é apenas o temor da fiscalização ampliada ou das novas obrigações; é o cansaço de um sistema que, aos olhos do povo, parece sempre cobrar mais sem dar o retorno esperado.

A censura popular fez o governo recuar.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Recomendação ao Prefeito

Escrevi em março do ano passado o seguinte artigo, mas não adiantou nada. Hoje, caminhando pela orla, notei que estão fazendo reparo em um trecho considerável do calçadão. Espero que restaurem o espaço com idênticos ladrilhos, deixando a obra sistêmica, uniforme, harmônica, obediente ao projeto inicial. Vide 👇🏽

Não basta edificar, é preciso preservar

A orla de Santarém, recentemente concluída, justiça se faça, ficou muito bonita, atraente, embelezando a frente da cidade contornada pelos majestosos rios Tapajós e Amazonas, com destaque ao encontro das águas, presente da mãe natureza.

Entretanto, noto, durante as minhas caminhadas, que a cada semana que passa aumenta a sua descaracterização, devido à falta de conservação.

Os ladrilhos, em alguns pontos, estão sendo sacados ou quebrados sem a necessária substituição.

Quando não fica o buraco no piso, enfeando o ambiente de lazer, preenchem o vácuo com cimento cru, atrofiando a estética da calçada.

Esperava-se, e aqui reside o meu inconformismo, que deve ser recebido como contribuição, que o município deveria manter uma equipe permanente para promover revisões periódicas da obra, para eventual conserto.

A orla de Copacabana, com o piso de pedras importadas de Portugal há mais de 100 anos, preserva a sua originalidade, mantendo o estilo e o design ambiental até hoje, projetando-se para o futuro.

O que se espera, doravante, para a manutenção das obras que valorizam as belezas da pérola do Tapajós, é que a gestão municipal volte a sua atenção, de modo permanente, à conservação dos logradouros públicos da cidade e de seus equipamentos sociais, antes que os danos se tornem mais difíceis ou mesmo impossíveis de reparação.

Uma equipe chefiada por um mestre de obra diligente resolveria o problema que é crônico em nossa cidade.

Será que esse povo mora em Marte?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Sou assim…

Eu compartilho da mesma concepção do Movimento Antropofágico, idealizado pelo modernista Oswald de Andrade na década de 1920. 

Nutro-me de leituras para compor meus próprios textos, que ganham vida própria. O que é “digerido” se funde ao que foi absorvido, originando novas ideias. 

Minha formação é o resultado das informações que escolho e filtro ao longo da vida, em um processo contínuo de criação e recriação. Com um celular às mãos, tudo acontece: as ideias fluem naturalmente, e eu as documento.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Estado Paralelo, Marginal

Por José Ronaldo Campos

A insegurança que aflige o brasileiro decorre da ausência do Estado, que tolera a existência e o fortalecimento do crime organizado em todo o país. Não se pode culpar exclusivamente a polícia por essa expansão, mas sim o Estado como um todo, que permitiu que essa endemia se enraizasse, ganhasse corpo e se fortalecesse, até adquirir um poder que desafia as instituições.

As facções criminosas, que inicialmente dominaram as periferias e hoje se espalham por todo lugar, possuem força eleitoral suficiente para eleger seus próprios representantes. Estes, por sua vez, atuam como porta-vozes do crime no legislativo, exercendo influência e poder, muitas vezes através da corrupção e da intimidação. É inegável que já se percebe a infiltração de membros ou aliados do crime organizado nos poderes da República, corrompendo valores e desestabilizando as bases do Estado Democrático de Direito.

Quem conhece o Rio de Janeiro entende perfeitamente o que está em questão. Comunidades inteiras vivem sob o domínio de traficantes, que substituíram a presença do Estado. Eles ditam regras, aplicam penas, executam sentenças de morte e controlam a vida dos moradores. São os novos “senhores do território”, enquanto os poderes constituídos – legislativo, executivo e judiciário – permanecem inertes. O Estado paralelo, ou melhor, o Estado marginal, não apenas desconsidera as instituições oficiais, mas as afronta diretamente, reforçando seu domínio e ampliando sua influência.

Minha maior preocupação é que essa força paralela, sustentada por um poder econômico robusto, acabe por superar o poder estatal. Se isso acontecer, nossas instituições poderão ser completamente dominadas, estabelecendo um regime de caos e opressão. Estamos diante de um cenário onde o crime, munido de recursos financeiros e armamentos pesados, já disputa espaços de poder político e institucional.

Como bem dizia o jurista J. J. Calmon de Passos: “Poder sem força é água de barrela.” Essa frase ilustra com precisão o enfraquecimento das nossas instituições diante do avanço do crime organizado.

Vivemos um estado de insegurança tão alarmante que a liberdade constitucional de ir e vir tornou-se privilégio de poucos. Quem ousa sair às ruas usando relógio, corrente ou celular sem sentir medo? Quem se arrisca a transitar por áreas dominadas por facções criminosas? A violência não é mais uma ameaça distante; é uma realidade que atinge a todos.

E quem, em sã consciência, teria coragem de subir um morro no Rio de Janeiro? Vá lá e depois me responda. O que encontraremos não é apenas violência, mas um retrato cruel do fracasso estatal: o abandono de milhares de brasileiros à mercê do poder paralelo.

A reconstrução do Estado e a retomada do controle territorial não são apenas necessárias, mas urgentes prioridades. Caso contrário, estaremos não apenas assistindo ao colapso, mas sendo por ele engolidos.