sábado, 30 de novembro de 2024

Vamos combater a fumaça

A cortina de fumaça que assola Santarém, enquanto a chuva não chega, fruto das mudanças climáticas, tende a se repetir na próxima estação, causando danos à saúde e diversos prejuízos, como ocorre atualmente. Sem querer ser pessimista, a situação exige atenção e ação.


Não é novidade, e chega a ser cultural, o uso de queimadas nos campos para preparar o plantio de novas lavouras entre novembro e dezembro, aproveitando o início das chuvas do inverno amazônico. Fato amplamente conhecido!


Além disso, há aqueles que, de forma dolosa, utilizam o fogo para abrir clareiras com fins escusos, como grilagem de terras públicas, expansão territorial ou invasões. Até mesmo na zona urbana, é comum que se ateie fogo ao lixo no próprio quintal, prejudicando toda a vizinhança.


Portanto, enquanto aguardamos que São Pedro envie as necessárias chuvas, que alternativas podemos adotar para mitigar o problema causado pela estiagem? Respondo:

1. Conscientizar a população para não queimar o lixo em seus quintais, evitando o agravamento da fumaça que afeta a vizinhança;

2. Levar essa conscientização aos agricultores e ribeirinhos, orientando-os a evitar essa prática nociva;

3. Promover campanhas educativas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, com recursos do poder público;

4. Mobilizar igrejas e cultos religiosos para difundir a mensagem contra o uso irresponsável do fogo e advertir sobre as sanções legais;

5. Incentivar a sociedade a fiscalizar e denunciar, por meio de canais como um 0800 específico para relatar práticas ilícitas;

6. Ampliar a presença das brigadas de incêndio voluntárias nas comunidades rurais, com treinamento e fornecimento de equipamentos básicos para combate ao fogo;

7. Fomentar o uso de tecnologias agrícolas que substituam o uso do fogo, como técnicas de rotação de culturas, compostagem e adubação verde;

8. Criar incentivos fiscais ou subsídios para agricultores que adotem práticas de manejo sustentável, reduzindo a dependência do fogo;

9. Implantar monitoramento por satélite, identificando rapidamente focos de incêndio e integrando esforços com órgãos de defesa civil e ambientais;

10. Realizar mutirões de plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, engajando a população e reduzindo riscos futuros.


Com tais medidas, unindo educação, fiscalização, tecnologia e incentivo à sustentabilidade, é possível minimizar os danos causados pelas queimadas e melhorar a qualidade de vida da população em Santarém e região.

Um comentário:

  1. Estou em um dos municípios atingidos pelas fumaças.
    Algo que incomoda, em maior ou menor grau, é a politização desse tema pela classe artística.

    No governo anterior, tudo falavam. Protegeriam até mesmo as girafas da Floresta Amazônica (como se houvessem girafas aqui).
    No governo atual, do amor, do L, da crise econômica sem pandemia, sem quarentena, nada se fala. Parece até que está tudo perfeito por aqui...
    Enquanto isso, temos mais fumaça do que já tivemos em 2020-2021. Está se tornando uma paisagem diária, o céu "nublado".

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