Autoria: Maria da Glória Dias Campos
O mapinguari existe...
E existe de verdade;
Prestem atenção neste conto
Que foi uma realidade!
Num povoado do Tapajós do Pará
Dois amigos foram caçar;
Num dia de domingo
Nas matas do lugar!
Muniram-se das suas armas
Até uma encruzilhada;
Onde se separaram
Em rumos opostos da estrada!
Um ao outro por assobio
Ficaram de dar sinal;
Só que se distanciaram
E se perderam afinal.
Um deles voltou pra casa...
O outro ao assobiar;
Alguém o arremedava
Até que o foi encontrar!
Escurecia quando viu,
Um monstro o querendo alcançar;
Deixando a arma de lado
Se puseram a lutar!
O monstro se ouriçava,
E um mau cheiro exalava;
Que o caçador quase sem forças
Na luta se embriagava!
Deus sim, porque venceu o bicho,
Com um certeiro tiro no peito;
Do bicho tirou-lhe a mão
Pra provar o grande feito!
Cansado desfaleceu
E dormiu embriagado;
O animal o cansou
Com o mau cheiro exalado!
Acordou ao amanhecer,
Quando o dia clareava;
O monstro desaparecera
Mas sua feia mão lá estava!
Será que ele morreu?
Disso não temos certeza.
O certo é que ele sumiu
Sem mão pra grande surpresa!
Caçadores acharam o homem
Que jamais voltou a ser;
O homem alegre e feliz
Que cheguei a conhecer!
Passava o dia cabisbaixo,
Sem querer trabalhar;
Definhando na tristeza
Como um demente a vagar!
E disso ele morreu...
Mas no Rio Tapajós;
Todos conhecem este conto
Como exemplo pra nós!
Domingo é pra descansar...
E até pra passear;
Aproveite pra rezar,
Mas nunca para caçar!
Preserve os animais...
Com sua roupagem bonita;
Eles todos nos são úteis
Por que lhes tirar a vida?
O mapinguari existe...
E veio pra castigar;
Quem não respeita o domingo
E...os animais vai matar!
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