Embora ele não saiba, já que nunca comentei a respeito, creio que JK seja um predestinado. Seus pais, Ronaldo e Rosilda Campos, admiradores de Juscelino Kubitschek, escolheram o ex-presidente da República, que construiu Brasília (50 anos em 5, como dizia), para ser seu padrinho. A cerimônia, no entanto, não se concretizou devido ao falecimento do estadista. Entretanto, a primeira-dama da República, Sarah Kubitschek, veio a Belém conhecer o homônimo de seu marido, ocasião em que seu pai era deputado estadual.
Ronaldo Campos, meu cunhado, para quem não sabe, foi um político destemido, atuando por várias legislaturas na Câmara de Santarém, deputado estadual por dois mandatos, deputado federal e prefeito municipal, mentor e executor do bairro da Nova República.
Rosilda Campos, minha irmã, era reconhecida por sua competência, religiosidade e extrema bondade. Tanto é verdade que a *Folha de São Paulo* reservou um espaço considerável no obituário para homenageá-la, sob o título de "A Primeira-Dama Social". A UMEI do Maracanã, que leva o seu nome, eternizou-a com justa homenagem pelos relevantes serviços prestados na área social ao povo santareno, especialmente às crianças e às pessoas idosas, como a construção das primeiras creches e da Casa dos Idosos em nossa cidade.
A ascensão de JK foi meteórica: eleito vereador e, antes de concluir seu mandato, já despontava como futuro prefeito de Santarém, em uma luta desproporcional contra todos os agentes do poder que comandam a maltratada Pérola do Tapajós há quase três décadas.
Na direção do município, JK vai ter que, literalmente, “queimar muita gordura” para recolocar a Pérola do Tapajós no lugar que merece, fazendo-a reluzir e dando real sentido ao seu epíteto.
Acredito nele e estarei, como tio, pronto para orientá-lo, se necessário for.
