Muitos estudiosos locais acreditam que o rio Amazonas irá avançar até
Alter-do-chão. Desta forma, não teremos mais as belas praias de areias
brancas banhadas por águas azuis do rio Tapajós. Perderemos nosso maior
patrimônio paisagístico e nossa verdadeira usina de emprego e renda que é
o turismo. Bom, mas ao certo mesmo é que não sabemos bem o que irá
acontecer. E isso é pior ainda. O desconhecimento. A omissão de
informações.
Cientistas renomados ligados ao INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), ao Museu Paraense Emílio Goelgi (MPEG) e Universidade Federal de Pernambuco mostraram, perplexos, que O EIA/RIMA da AHE(Aproveitamento Hidrelétrico) de São Luiz do Tapajós não estudou NADA do que irá acontecer a jusante da barragem, ou seja, abaixo desta. O Governo Brasileiro simplesmente ignora e negligencia Alter-do-Chão, encontro das águas e as populações tradicionais que ocupam as margens do Tapajós. O grupo de cientistas alerta: “ A jusante das barragens(abaixo), o pulso natural de inundação (padrões de cheia e seca) é alterado, mudando de forma permanente as comunidades vegetais originais e toda a fauna associada. Portanto, os efeitos de uma hidrelétrica não estão restritos a poucos quilômetros acima da barragem e podem ser detectados a centenas de quilômetros tanto acima como abaixo da obra.”
Foto: Erik
Data: 28/10/2015. Note o Amazonas empurrando o Tapajós quilômetros acima, natural desta época de seca. Com a barragem, a previsão é que o Amazonas ganhe mais força ainda.
Data: 28/10/2015. Note o Amazonas empurrando o Tapajós quilômetros acima, natural desta época de seca. Com a barragem, a previsão é que o Amazonas ganhe mais força ainda.
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