quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

PIX - Azedou para o govermo

povo não reclamaria do novo regramento do PIX se o governo fosse transparente, controlasse rigorosamente as contas públicas, abandonasse a prática de negociar emendas parlamentares, evitasse o desperdício, combatesse a corrupção e os altos salários;  mesmo angustiado com a alta carga tributária que lhe é imposta.

A indignação com as mudanças reflete algo mais profundo: a falta de confiança nas instituições. Não é apenas o temor da fiscalização ampliada ou das novas obrigações; é o cansaço de um sistema que, aos olhos do povo, parece sempre cobrar mais sem dar o retorno esperado.

A censura popular fez o governo recuar.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Recomendação ao Prefeito

Escrevi em março do ano passado o seguinte artigo, mas não adiantou nada. Hoje, caminhando pela orla, notei que estão fazendo reparo em um trecho considerável do calçadão. Espero que restaurem o espaço com idênticos ladrilhos, deixando a obra sistêmica, uniforme, harmônica, obediente ao projeto inicial. Vide 👇🏽


Não basta edificar, é preciso preservar


A orla de Santarém, recentemente concluída, justiça se faça, ficou muito bonita, atraente, embelezando a frente da cidade contornada pelos majestosos rios Tapajós e Amazonas, com destaque ao encontro das águas, presente da mãe natureza.


Entretanto, noto, durante as minhas caminhadas, que a cada semana que passa aumenta a sua descaracterização, devido à falta de conservação.


Os ladrilhos, em alguns pontos, estão sendo sacados ou quebrados sem a necessária substituição.


Quando não fica o buraco no piso, enfeando o ambiente de lazer, preenchem o vácuo com cimento cru, atrofiando a estética da calçada.


Esperava-se, e aqui reside o meu inconformismo, que deve ser recebido como contribuição, que o município deveria manter uma equipe permanente para promover revisões periódicas da obra, para eventual conserto.


A orla de Copacabana, com o piso de pedras importadas de Portugal há mais de 100 anos, preserva a sua originalidade, mantendo o estilo e o design ambiental até hoje, projetando-se para o futuro.


O que se espera, doravante, para a manutenção das obras que valorizam as belezas da pérola do Tapajós, é que a gestão municipal volte a sua atenção, de modo permanente, à conservação dos logradouros públicos da cidade e de seus equipamentos sociais, antes que os danos se tornem mais difíceis ou mesmo impossíveis de reparação.


Uma equipe chefiada por um mestre de obra diligente resolveria o problema que é crônico em nossa cidade.


Será que esse povo mora em Marte?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Sou assim…

Eu compartilho da mesma concepção do Movimento Antropofágico, idealizado pelo modernista Oswald de Andrade na década de 1920. 

Nutro-me de leituras para compor meus próprios textos, que ganham vida própria. O que é “digerido” se funde ao que foi absorvido, originando novas ideias. 

Minha formação é o resultado das informações que escolho e filtro ao longo da vida, em um processo contínuo de criação e recriação. Com um celular às mãos, tudo acontece: as ideias fluem naturalmente, e eu as documento.

sábado, 4 de janeiro de 2025

Estado Paralelo, Marginal

Por José Ronaldo Campos

A insegurança que aflige o brasileiro decorre da ausência do Estado, que tolera a existência e o fortalecimento do crime organizado em todo o país. Não se pode culpar exclusivamente a polícia por essa expansão, mas sim o Estado como um todo, que permitiu que essa endemia se enraizasse, ganhasse corpo e se fortalecesse, até adquirir um poder que desafia as instituições.

As facções criminosas, que inicialmente dominaram as periferias e hoje se espalham por todo lugar, possuem força eleitoral suficiente para eleger seus próprios representantes. Estes, por sua vez, atuam como porta-vozes do crime no legislativo, exercendo influência e poder, muitas vezes através da corrupção e da intimidação. É inegável que já se percebe a infiltração de membros ou aliados do crime organizado nos poderes da República, corrompendo valores e desestabilizando as bases do Estado Democrático de Direito.

Quem conhece o Rio de Janeiro entende perfeitamente o que está em questão. Comunidades inteiras vivem sob o domínio de traficantes, que substituíram a presença do Estado. Eles ditam regras, aplicam penas, executam sentenças de morte e controlam a vida dos moradores. São os novos “senhores do território”, enquanto os poderes constituídos – legislativo, executivo e judiciário – permanecem inertes. O Estado paralelo, ou melhor, o Estado marginal, não apenas desconsidera as instituições oficiais, mas as afronta diretamente, reforçando seu domínio e ampliando sua influência.

Minha maior preocupação é que essa força paralela, sustentada por um poder econômico robusto, acabe por superar o poder estatal. Se isso acontecer, nossas instituições poderão ser completamente dominadas, estabelecendo um regime de caos e opressão. Estamos diante de um cenário onde o crime, munido de recursos financeiros e armamentos pesados, já disputa espaços de poder político e institucional.

Como bem dizia o jurista J. J. Calmon de Passos: “Poder sem força é água de barrela.” Essa frase ilustra com precisão o enfraquecimento das nossas instituições diante do avanço do crime organizado.

Vivemos um estado de insegurança tão alarmante que a liberdade constitucional de ir e vir tornou-se privilégio de poucos. Quem ousa sair às ruas usando relógio, corrente ou celular sem sentir medo? Quem se arrisca a transitar por áreas dominadas por facções criminosas? A violência não é mais uma ameaça distante; é uma realidade que atinge a todos.

E quem, em sã consciência, teria coragem de subir um morro no Rio de Janeiro? Vá lá e depois me responda. O que encontraremos não é apenas violência, mas um retrato cruel do fracasso estatal: o abandono de milhares de brasileiros à mercê do poder paralelo.

A reconstrução do Estado e a retomada do controle territorial não são apenas necessárias, mas urgentes prioridades. Caso contrário, estaremos não apenas assistindo ao colapso, mas sendo por ele engolidos.

domingo, 29 de dezembro de 2024

De quem é a culpa?

Assistindo ao Fantástico, na Globo, arrisco dizer que o poder público deve ser responsabilizado pelos danos decorrentes da recente queda da ponte que liga o Maranhão ao Tocantins.


O estado crítico da estrutura já prenunciava a tragédia. A previsibilidade era evidente, dispensando qualquer perícia para confirmar o óbvio: o colapso era iminente.


Pior ainda é que a negligência do poder público não se limita a essa anunciada tragédia. Muitas outras pontes espalhadas pelo Brasil enfrentam as mesmas condições precárias, clamando pelo olhar atento e sensível das autoridades.


Vidas poderiam ter sido poupadas se o DNIT houvesse vistoriado e realizado, tempestivamente, a manutenção dessa obra em péssimo estado de conservação. Infelizmente, a oportunidade foi perdida e, como diz o ditado, agora é tarde; Inês é morta.


Que a fatídica tragédia sirva de alerta, acendendo uma luz de advertência para que o Estado cuide melhor do patrimônio público, evitando a repetição de eventos danosos. É imprescindível proteger o interesse coletivo e zelar pelo bem comum, antes que outras vidas sejam ceifadas pela omissão.


O dinheiro que fomenta a corrupção – sem declinar nomes, para não incorrer no risco de cometer injustiça – poderia salvar vidas se fosse aplicado em estradas, saúde, segurança pública e em tantos outros setores essenciais à sociedade. Afinal, recursos desviados representam não apenas desperdício, mas também negligência institucional e desrespeito à vida.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

O meu melhor presente

 💝 O verdadeiro valor do presente não está no preço, mas no sentimento, no amor, no carinho, na lembrança… *JRDC

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

🎅 Feliz Natal e Próspero Ano Novo

 🎄 Que o espírito do Natal encha sua casa de amor, paz e alegria, e que o Ano Novo traga ainda mais motivos para sorrir 🎅.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A Dignidade Humana e a Realidade Brasileira

É difícil compreender como autoridades dos três poderes da República, com remuneração exponencial, conseguem dormir tranquilamente, sabendo que a grande maioria do povo brasileiro vive na pobreza. Muitos moram em favelas e alguns sobrevivem do que conseguem catar em lixões. 
 
O princípio da dignidade da pessoa humana, direito fundamental consagrado na Constituição Federal, parece cada vez mais distante da nossa realidade. Vivemos em um país onde poucos têm muito, enquanto muitos não têm nada — nem mesmo o mínimo existencial. Surge, então, uma pergunta inquietante: onde estão a equidade e a justiça necessárias para que possamos, de fato, falar em Direito? 
 
Para quem quiser se espantar, basta uma rápida pesquisa no Google para descobrir quanto ganha um deputado federal. Ao somar todos os penduricalhos, o montante mensal ultrapassa qualquer noção de razoabilidade. Esses parlamentares, que deveriam legislar em favor do povo, frequentemente agem em causa própria, defendendo apenas os seus interesses. Os cidadãos que os elegeram, paradoxalmente, acabam relegados a um plano secundário, quando não totalmente esquecidos. 
 
O Poder Judiciário também não escapa à crítica. Nos tribunais superiores, as remunerações frequentemente superam o teto constitucional, algo que pode ser facilmente constatado por quem se der ao trabalho de conferir os números. 
 
Enquanto isso, o professor — profissional responsável por formar e informar todas as outras categorias, essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade — continua recebendo um tratamento incompatível com a sua importância. Mal remunerado e constantemente desprestigiado, sofre com a desvalorização econômica e social que o sistema perpetua. 
 
É preciso repensar nossas prioridades como nação. Sem justiça social, sem equidade, sem valorização de quem realmente constrói o futuro, continuaremos reféns de uma estrutura que favorece poucos e marginaliza muitos. A dignidade da pessoa humana não pode ser apenas um princípio abstrato em nossas leis, mas uma realidade concreta no cotidiano de todos os brasileiros. 
 
Enfim, lamentavelmente, conclui-se: para a elite no poder, que tudo pode, o céu é o limite. Já para o pobre, na base da pirâmide social, o buraco é, literalmente, mais embaixo.

sábado, 14 de dezembro de 2024

Posse de novos membros da ALAS

Além de sócio correspondente da Academia Paraense de Letras - APL, da Academia Paraense de Letras Jurídicas - APLJ, fundador e presidente do Institito Histórico e Geográfico do Tapajós - IHGTap, agora sou membro honorário da Academia de Letras e Artes de Santarém - ALAS.

domingo, 8 de dezembro de 2024

Santarém em dia de festa

8/12 - Dia da Festa da Conceição, Padroeira de Santarém 

Prova infalível

Quando eu soltar meu último suspiro; 

quando o meu corpo se tornar gelado, 

e o meu olhar se apresentar vidrado, 

e quiserdes saber se inda respiro, 

eis o melhor processo que eu sugiro: 

— Não coloqueis o espelho decantado, 

em frente ao meu nariz, mesmo encostado, 

porque não falha a prova que eu prefiro: 

— Fazei assim: — Por cima do meu peito. 

do lado esquerdo, colocai a mão. 

e procedei, seguros, deste jeito: 

— Gritai “MARIA!” ao pé do meu ouvido, 

e se não palpitar meu coração, 

então é certo que eu terei morrido! 

 

*Padre Manuel Albuquerque, poeta amazônida nascido em 1906.

sábado, 7 de dezembro de 2024

Conformismo que incomoda

Estou considerando não mais escrever, pelo menos de forma intensa, como fazia outrora, sobre as mazelas que ocorrem em nossa cidade. Tenho a impressão de que esse esforço não é valorizado pelo povo, que parece resignado diante dos problemas. 

Reluto também em expor, com senso crítico, ações que considero, no mínimo, estranhas — para não dizer ilegais ou venais — por receio de represálias. Infelizmente, não é raro que malfeitores, em atos de revanchismo, consigam, como em um passe de mágica, inverter os valores e processar quem teve a coragem de denunciar seus ilícitos, posando de vítima em uma lamentável distorção da realidade. 

A corrupção, frequentemente camuflada, torna difícil sua comprovação. As fraudes geralmente decorrem de esquemas engenhosos, arquitetados por mentes férteis, mas voltadas ao mal. 

O período eleitoral, que deveria ser um marco para reafirmar os valores democráticos e republicanos, frequentemente frustra as expectativas de mudança. Em vez de fortalecer o sistema pelo voto consciente, ele perpetua um modelo político sustentado pelo clientelismo e pela dependência. 

Os órgãos de persecução penal, diante da rapidez e do alcance dos meios de comunicação, deveriam monitorar as redes sociais com mais atenção. Quando uma denúncia não for direta ou identificada, seria prudente investigá-la de forma discreta, utilizando recursos técnicos para identificar indícios de práticas criminosas. Somente com evidências concretas, os procedimentos legais deveriam ser instaurados, garantindo uma apuração justa, imparcial e eficaz. 

Precisamos corrigir o sistema político viciado que prega: “Tudo está bom, tudo vai bem, desde que eu esteja me dando bem!”. É hora de transformar essa mentalidade, exigindo ética, transparência e compromisso com o bem comum.

sábado, 30 de novembro de 2024

Vamos combater a fumaça

A cortina de fumaça que assola Santarém, enquanto a chuva não chega, fruto das mudanças climáticas, tende a se repetir na próxima estação, causando danos à saúde e diversos prejuízos, como ocorre atualmente. Sem querer ser pessimista, a situação exige atenção e ação.


Não é novidade, e chega a ser cultural, o uso de queimadas nos campos para preparar o plantio de novas lavouras entre novembro e dezembro, aproveitando o início das chuvas do inverno amazônico. Fato amplamente conhecido!


Além disso, há aqueles que, de forma dolosa, utilizam o fogo para abrir clareiras com fins escusos, como grilagem de terras públicas, expansão territorial ou invasões. Até mesmo na zona urbana, é comum que se ateie fogo ao lixo no próprio quintal, prejudicando toda a vizinhança.


Portanto, enquanto aguardamos que São Pedro envie as necessárias chuvas, que alternativas podemos adotar para mitigar o problema causado pela estiagem? Respondo:

1. Conscientizar a população para não queimar o lixo em seus quintais, evitando o agravamento da fumaça que afeta a vizinhança;

2. Levar essa conscientização aos agricultores e ribeirinhos, orientando-os a evitar essa prática nociva;

3. Promover campanhas educativas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, com recursos do poder público;

4. Mobilizar igrejas e cultos religiosos para difundir a mensagem contra o uso irresponsável do fogo e advertir sobre as sanções legais;

5. Incentivar a sociedade a fiscalizar e denunciar, por meio de canais como um 0800 específico para relatar práticas ilícitas;

6. Ampliar a presença das brigadas de incêndio voluntárias nas comunidades rurais, com treinamento e fornecimento de equipamentos básicos para combate ao fogo;

7. Fomentar o uso de tecnologias agrícolas que substituam o uso do fogo, como técnicas de rotação de culturas, compostagem e adubação verde;

8. Criar incentivos fiscais ou subsídios para agricultores que adotem práticas de manejo sustentável, reduzindo a dependência do fogo;

9. Implantar monitoramento por satélite, identificando rapidamente focos de incêndio e integrando esforços com órgãos de defesa civil e ambientais;

10. Realizar mutirões de plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, engajando a população e reduzindo riscos futuros.


Com tais medidas, unindo educação, fiscalização, tecnologia e incentivo à sustentabilidade, é possível minimizar os danos causados pelas queimadas e melhorar a qualidade de vida da população em Santarém e região.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Maquiavel permanece atual?

Algumas frases famosas de Nicolau Maquiavel, do livro O Príncipe, onde ele explora a arte da política e do poder:

“Os fins justificam os meios.” – Embora seja uma interpretação resumida, essa frase sintetiza a visão de Maquiavel sobre a eficácia dos governantes, enfatizando que o resultado pode validar as ações, mesmo que moralmente questionáveis.

“É melhor ser temido do que amado, se não se pode ser os dois.” – Maquiavel aconselha que um líder, ao não poder ser amado e temido ao mesmo tempo, deve priorizar o medo para manter o respeito e o controle.

“Um príncipe nunca carece de razões legítimas para quebrar sua promessa.” – Para ele, a política exige uma certa flexibilidade moral para lidar com circunstâncias imprevistas.

“Quem engana encontrará sempre quem se deixe enganar.” – Essa frase reflete a visão de Maquiavel sobre a natureza humana e a relação entre governantes e governados.

Essas frases mostram o pragmatismo de Maquiavel em relação ao poder, influenciando a política até hoje como um estudo sobre liderança eficaz e realista.

domingo, 27 de outubro de 2024

Zé Maria Tapajós eleito Prefeito de Santarém

 Parabéns ao vencedor!


Espero que o novo gestor escolha um secretariado competente, honesto e comprometido com a nossa querida Santarém; que combata a corrupção, o nepotismo e o empreguismo apadrinhado, evitando práticas seletivas e o desperdício do dinheiro público; que fiscalize rigorosamente as licitações para impedir sobrepreços e fraudes; que incentive o turismo, preservando nossas belezas naturais e logradouros públicos; que valorize e proteja nossa história, memória e ancestralidade; que preste contas aos munícipes sobre os gastos da administração, mantendo o portal da transparência sempre atualizado e de fácil acesso; que dialogue com a comunidade sobre novas obras e projetos; que cumpra a bom termo as promessas de campanha, com especial atenção à saúde e à educação; que utilize os recursos públicos de forma honesta e produtiva, priorizando as necessidades coletivas em prol do bem comum; e que coloque os santarenos, que lhe confiaram o voto, em primeiro lugar, lapidando a nossa cantada e decantada “Pérola do Tapajós”.


É o mínimo que se espera do prefeito eleito no curso dos próximos quatro anos de governo.


Estendo os parabéns, por oportuno, ao aguerrido JK, pela bravura na eleição. Sabia que era uma tarefa difícil, mas daqui a dois anos, você será nosso deputado. Trabalhe com afinco, que a sua vez vai chegar.


Agora é desmontar o palanque e honrar os compromissos assumidos. (JRDC)

Pensata

Não exija que as pessoas pensem igual a vc, para não restringir o seu circulo de amizade.