quinta-feira, 13 de junho de 2013

UFOPA e Eletronorte iniciam implantação de base científica em Curuá-Una

Cerimônias de assinatura de convênio e de lançamento da pedra fundamental marcam o início da implantação da base científica que beneficiará a comunidade acadêmica da UFOPA.

“É um fato muito auspicioso para nós fazermos daquela área uma base científica da UFOPA”, afirmou o reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), José Seixas Lourenço, durante a celebração do convênio entre a Universidade e a Eletronorte, que visa à implantação de uma base científica na área da Usina Hidrelétrica de Curuá-Una, em Santarém (PA). “É um privilégio muito grande poder contar com uma base científica muito sólida, em parceria com a Eletronorte”, ressaltou.

Ocorrida no dia 6 de junho de 2013, no Auditório do Câmpus Tapajós, a solenidade contou com a presença do diretor-presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araújo, que destacou a necessidade de realização de mais pesquisas voltadas para a produção de energia limpa. “Temos um rol de atividades e pesquisas a ser executadas que vão depender da academia”, afirmou.

Após a assinatura do convênio, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação Tecnológica da UFOPA, Marcos Ximenes Ponte, apresentou à comunidade acadêmica o projeto da base científica, que prevê diversas ações de pesquisa nas áreas ambiental e de engenharia. “Como a UFOPA assumiu várias frentes de pesquisa, neste convênio integramos o componente de inserção social, com os componentes ambiental e de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou. “Em torno da barragem da hidrelétrica de Curuá-Una se forma um complexo ambiental muito interessante, que nos servirá como área de estudo”.

Pedra fundamental - Em continuidade à programação alusiva à implantação do projeto, foi realizada no dia 7 de junho de 2013, na Hidrelétrica de Curuá-Una, a solenidade de instalação da pedra fundamental da Base Científica da UFOPA, que contou com a participação de membros e representantes das duas instituições parceiras.

No monumento da pedra fundamental foi depositada uma cápsula do tempo com documentos, fotografias e registro sobre a Eletronorte e a UFOPA, para que as futuras gerações possam resgatar informações referentes à implantação da base científica. “É algo para o futuro, para as próximas gerações, pois a cápsula do tempo será aberta daqui a 100 anos”, afirmou o diretor-presidente da Eletronorte.

“Essa é uma data que vai entrar para a história e temos muito orgulho do que estamos fazendo hoje aqui, transformando essa área em um local voltado para a pesquisa e para a formação dos nossos jovens”, afirmou o reitor da UFOPA, durante a solenidade. “Foi o espírito acadêmico e científico que nos permitiu sonhar com a construção desta base científica”.

Sonho - Durante sua apresentação, o pró-reitor Marcos Ximenes também destacou a implantação do Laboratório de Turbomáquinas, que possibilitará o desenvolvimento de técnicas e ensaios voltados para a reutilização de turbinas hidráulicas. “Temos a oportunidade de realizar este sonho: a montagem de um grande laboratório de turbomáquinas na Amazônia, que será referência para a capacitação e treinamento de pessoal especializado”, afirmou.

De acordo com o pró-reitor, a primeira etapa da implantação da base científica consiste na reforma e adequação de instalações físicas, que serão equipadas, para a realização de pesquisas sobre temas como aquicultura, ciências florestais, fauna silvestre, entre outras. “A Eletronorte está cedendo alguns prédios para nós, que serão reformados e adequados”. A proposta prevê a implantação de laboratórios interdisciplinares, central de processamento e análise de dados, alojamento para professores, salas de estudos e de reunião.

O Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) terá um laboratório próprio voltado para o monitoramento ictiológico, limnológico e da qualidade da água do reservatório hidroelétrico de Curuá-Una. O laboratório contará com uma base flutuante, voltada para estudos sobre reprodução e criação de peixes ornamentais e de engorda.

Outra novidade será o centro de pesquisa em agroecologia, composto de laboratórios de produção vegetal, fitossanidade, biotecnologia, microbiologia, entre outros. O centro será coordenado pelo Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF), que promoverá estudos voltados para sistemas agroflorestais e para o salvamento e observação sistemática de animais silvestres.
                                          Maria Lúcia Morais - Comunicação/UFOPA

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