Conheci Anete Penna de Carvalho, por acaso, na sede da Seccional da OAB, durante a sessão de apresentação dos candidatos ao desembargo pelo Quinto Constitucional.
Sem saber com quem dialogava, troquei algumas palavras rápidas. Bastaram-me poucos minutos para perceber a leveza de sua presença, a simplicidade elegante e a simpatia natural que irradia. Uma conversa breve, mas marcante.
Ao me afastar, ouvi alguém chamá-la pelo nome. Só então me dei conta de quem era a interlocutora com quem acabara de travar aquele diálogo tão espontâneo.
Com o tempo, passei a conhecer melhor sua trajetória. Currículo vasto, sólida formação humanística, preparo técnico e vocação evidente para a magistratura. Foi então que, por decisão própria e sem qualquer pedido, resolvi apoiá-la, pedindo votos como se fossem para mim.
O resultado confirmou o que já se pressentia: mais de três mil votos no sufrágio da classe, liderança absoluta na lista sêxtupla, repetida com firmeza na tríplice. Por fim, a escolha do governador, que em menos de uma hora selou sua nomeação.
Assim, Anete Penna de Carvalho inscreveu seu nome na história: a primeira mulher a alcançar o desembargo do Tribunal de Justiça do Pará pelo Quinto Constitucional.
Sinto-me honrado e feliz por ter contribuído, ainda que de forma singela, para a ascensão de uma jurista de méritos incontestáveis ao mais elevado patamar da jurisdição estadual. Justiça foi feita, sem qualquer demérito aos demais concorrentes — e o TJPA ganhou uma magistrada à altura de sua grandeza.
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