Por José Ronaldo Dias Campos*
Discurso ideológico divorciado de capacitação gerencial, no executivo, não passa de retórica.
Refiro-me à dinâmica do presidente Lula, que resolveu aumentar sensivelmente o número de ministérios para agasalhar companheiros que o apoiaram no último pleito eleitoral.
Critério predominantemente político, para não dizer exclusivo, na escolha de seus ministros, para honrar compromissos, muito embora nada de valoroso exista nessa prática, tende a repetir os erros do passado, o que é uma pena.
Pela experiência vivenciada, porquanto Lula inicia o seu terceiro mandato, excesso que a lei deveria inibir para oxigenar a instituição, sem considerar os de Dilma, com quem coadjuvou, deveria lhe dar crédito para melhor escolha meritória, levando em consideração o conhecimento técnico adequado para cada pasta.
O sobrepeso da máquina governamental, doravante com mais ministérios e o estratosférico aumento de gastos trarão consequências econômicas imprevisíveis, ainda porque o congresso autorizou o executivo a furar o teto orçamentário.
Eu não sou economista, que fique bem claro, mas sinto que o presidente, sem querer ser pessimista, ao adotar critério eminentemente partidário, olvidando o conhecimento técnico-científico, laborou em erro em suas escolhas, destacadamente ao excluir, terminantemente, nomes de vanguarda para auxiliar em sua gestão.
Tivesse escolhido os melhores nomes do Brasil nas áreas das respectivas pastas, como idealizo, tudo seria diferente, exitoso.
Mas… entre o pensar racionalmente e o agir eficientemente existe um vazio que o político não quer ocupar, enfrentar, para nada mudar e manter-se no poder, com os seus asseclas.
Enfim, tudo vai continuar como dantes no quartel d’Abrantes.
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