A felicidade não está no muito que se persegue, mas no necessário que se apresenta e nos basta para uma vida digna. Um cadinho, de vez em quando, faz bem — e já me satisfaz.
Enquanto muitos se lançam na busca de grandes conquistas, de riqueza e de fortuna, descubro que o essencial — o verdadeiro — cabe no pequeno espaço da convivência fraterna. Tenho a família, poucos amigos, e neles encontro a abundância que tantos procuram no excesso.
O mundo virtual, com sua infinita vitrine, pode fascinar; mas é na intimidade do lar que reconheço a justa medida da existência humana. O diálogo saudável, os fins de semana compartilhados, repetem-se como rituais de congraçamento e contentamento.
Não se trata de isolamento. A timidez apenas me leva a preferir a companhia dos meus — e de mim mesmo — à dispersão da multidão, que tantas vezes sufoca.
Talvez esteja aí a lição: a verdadeira riqueza não se mede pela extensão dos círculos sociais, nem pelos cifrões que se acumulam, mas pela profundidade dos vínculos afetivos que nos enraízam na vida.
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