Cadê a Praça da Candura?
Escrevi, em 2007, na revista virtual joseronaldodiascampos.blogspot.com, o seguinte texto:
“No Aeroporto de Belém, quando aguardava o voo para retornar a Santarém, conversei com nosso artista maior, Sebastião Tapajós, que me confessou um de seus sonhos: ver erguido, à margem do Rio Tapajós, justamente no local que abrigou, por longos anos, a estação e o saudoso trapiche da Celpa — então desativados —, o nosso esperado teatro.”
Agora, prestes a completar duas décadas dessa mensagem, deparo-me com a construção de um muro contornando a área que, segundo moradores do entorno, abrigaria a Praça da Candura, nome da bela praia à margem do cristalino Rio Tapajós, onde se situava o antigo trapiche da Celpa.
O questionamento que levanto é o seguinte: como conseguiram documentar essa valiosa área que, por décadas, pertenceu à concessionária de energia Celpa, lacrando mais uma janela que nos permitia contemplar os fenomenais rios que margeiam a Pérola do Tapajós?
Eu, desde criança, frequentei a Praia da Candura e confesso: fiquei entristecido com o que vi.
Tomara que o interesse público prevaleça neste caso, para que não se sepulte mais um espaço histórico da memória do povo tapajônico — imortalizado no cancioneiro popular como a eterna “Candura da Prainha”.
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