Assistindo ao Fantástico, na Globo, arrisco dizer que o poder público deve ser responsabilizado pelos danos decorrentes da recente queda da ponte que liga o Maranhão ao Tocantins.
O estado crítico da estrutura já prenunciava a tragédia. A previsibilidade era evidente, dispensando qualquer perícia para confirmar o óbvio: o colapso era iminente.
Pior ainda é que a negligência do poder público não se limita a essa anunciada tragédia. Muitas outras pontes espalhadas pelo Brasil enfrentam as mesmas condições precárias, clamando pelo olhar atento e sensível das autoridades.
Vidas poderiam ter sido poupadas se o DNIT houvesse vistoriado e realizado, tempestivamente, a manutenção dessa obra em péssimo estado de conservação. Infelizmente, a oportunidade foi perdida e, como diz o ditado, agora é tarde; Inês é morta.
Que a fatídica tragédia sirva de alerta, acendendo uma luz de advertência para que o Estado cuide melhor do patrimônio público, evitando a repetição de eventos danosos. É imprescindível proteger o interesse coletivo e zelar pelo bem comum, antes que outras vidas sejam ceifadas pela omissão.
O dinheiro que fomenta a corrupção – sem declinar nomes, para não incorrer no risco de cometer injustiça – poderia salvar vidas se fosse aplicado em estradas, saúde, segurança pública e em tantos outros setores essenciais à sociedade. Afinal, recursos desviados representam não apenas desperdício, mas também negligência institucional e desrespeito à vida.
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