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A decisão é controversa, não tem precedentes na Justiça e está amparada apenas numa liminar --o padrasto afetado pela medida pode recorrer.
O homem é um engenheiro de 54 anos. A mãe, de 41, propôs a ação, em favor da filha de 16. O casal manteve 10 anos de união e se separou em fevereiro do ano passado.
A decisão da juíza é baseada no conceito da "paternidade socioafetiva", aquela em que o pai é quem cria, e não o biológico.
Para a juíza, o engenheiro criou laços com a família ao incluir mãe e filha como dependentes no imposto de renda e pagando todas as despesas delas.
A garota já recebe uma pensão do pai biológico. A juíza disse na sentença que não importa este auxílio, determinando que o padrasto "continue a contribuir para suas [da menina] necessidades básicas devido ao elo afetivo existente entre eles".
A juíza viu no fato de o padrasto ter pago a escola da menina outra "prova da paternidade socioafetiva". A liminar que obriga o pagamento da pensão foi dada apenas sob requerimento da mãe --o engenheiro não foi ouvido nesta fase do processo.
A mãe caracterizou na ação que o companheiro participava do Dia dos Pais na escola e nas festas familiares, e não o pai biológico.
O padrasto fez um último pagamento para a menina e a mãe em março do ano passado, depois da separação, mandando as duas para a Disney.
A juíza Adriana disse hoje que não comentará mais o processo porque ele está sob segredo de Justiça, impedindo a divulgação dos nomes dos envolvidos.
Fonte: UOL Notícias - http://goo.gl/GiVln
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