sábado, 14 de dezembro de 2024
Posse de novos membros da ALAS
Além de sócio correspondente da Academia Paraense de Letras - APL, da Academia Paraense de Letras Jurídicas - APLJ, fundador e presidente do Institito Histórico e Geográfico do Tapajós - IHGTap, agora sou membro honorário da Academia de Letras e Artes de Santarém - ALAS.
domingo, 8 de dezembro de 2024
Santarém em dia de festa
8/12 - Dia da Festa da Conceição, Padroeira de Santarém
Prova infalível:
Quando eu soltar meu último suspiro;
quando o meu corpo se tornar gelado,
e o meu olhar se apresentar vidrado,
e quiserdes saber se inda respiro,
eis o melhor processo que eu sugiro:
— Não coloqueis o espelho decantado
em frente ao meu nariz, mesmo encostado,
porque não falha a prova que eu prefiro:
— Fazei assim: — Por cima do meu peito.
do lado esquerdo, colocai a mão.
e procedei, seguros, deste jeito:
— Gritai “MARIA!” ao pé do meu ouvido,
e se não palpitar meu coração,
então é certo que eu terei morrido!
——————————————————–
Do padre Manuel Albuquerque, poeta amazônida nascido em 1906.
quando o meu corpo se tornar gelado,
e o meu olhar se apresentar vidrado,
e quiserdes saber se inda respiro,
eis o melhor processo que eu sugiro:
— Não coloqueis o espelho decantado
em frente ao meu nariz, mesmo encostado,
porque não falha a prova que eu prefiro:
— Fazei assim: — Por cima do meu peito.
do lado esquerdo, colocai a mão.
e procedei, seguros, deste jeito:
— Gritai “MARIA!” ao pé do meu ouvido,
e se não palpitar meu coração,
então é certo que eu terei morrido!
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Do padre Manuel Albuquerque, poeta amazônida nascido em 1906.
sábado, 7 de dezembro de 2024
Conformismo que incomoda
Estou considerando não mais escrever, pelo menos de forma intensa, como fazia outrora, sobre as mazelas que ocorrem em nossa cidade. Tenho a impressão de que esse esforço não é valorizado pelo povo, que parece resignado diante dos problemas. Reluto também em expor, com senso crítico, ações que considero, no mínimo, estranhas — para não dizer ilegais ou venais — por receio de represálias. Infelizmente, não é raro que malfeitores, em atos de revanchismo, consigam, como em um passe de mágica, inverter os valores e processar quem teve a coragem de denunciar seus ilícitos, posando de vítima em uma lamentável distorção da realidade. A corrupção, frequentemente camuflada, torna difícil sua comprovação. As fraudes geralmente decorrem de esquemas engenhosos, arquitetados por mentes férteis, mas voltadas ao mal. O período eleitoral, que deveria ser um marco para reafirmar os valores democráticos e republicanos, frequentemente frustra as expectativas de mudança. Em vez de fortalecer o sistema pelo voto consciente, ele perpetua um modelo político sustentado pelo clientelismo e pela dependência. Os órgãos de persecução penal, diante da rapidez e do alcance dos meios de comunicação, deveriam monitorar as redes sociais com mais atenção. Quando uma denúncia não for direta ou identificada, seria prudente investigá-la de forma discreta, utilizando recursos técnicos para identificar indícios de práticas criminosas. Somente com evidências concretas, os procedimentos legais deveriam ser instaurados, garantindo uma apuração justa, imparcial e eficaz. Precisamos corrigir o sistema político viciado que prega: “Tudo está bom, tudo vai bem, desde que eu esteja me dando bem!”. É hora de transformar essa mentalidade, exigindo ética, transparência e compromisso com o bem comum.
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