quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Dia de finados

Dia de finados 

Por José Ronaldo Dias Campos*

Fui ao cemitério visitar os túmulos de entes queridos e, com extrema tristeza, constatei a dificuldade de locomoção naquele lugar sagrado.

Necessário se faz, para alcançar o destino almejado, por incrível que pareça, caminhar sobre sepulturas, o que representa, além de vilipêndio aos mortos, risco acentuado de acidentes.

O estado físico do sepulcrário é preocupante, começando pela capela mortuária em ruínas.

Há um intenso comércio de flores, velas e serviços no local, facilitando a vida de pessoas que, de última hora, vêm rezar e ornamentar os túmulos de parentes e amigos no “Dia de Finados”.

Acredito, para arrematar, que já passou da hora de as autoridades reservarem espaço adequado para a construção de um novo cemitério, uma vez que o atual há muito tempo atingiu sua capacidade máxima.

Com relação aos cemitérios particulares, pelo preço do espaço e pela taxa de manutenção cobrados, o pobre certamente não terá vez, exceto se o município engendrar uma fórmula que abrace os hipossuficientes no pacto firmado com o particular, que, como empresário, visa o lucro.


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