terça-feira, 22 de julho de 2025

Recomendações

Senhor Prefeito: não deixe a Pérola perder o brilho

A nossa querida Santarém, conhecida como Pérola do Tapajós, anda precisando de polimento. E com urgência.

Já alertei no início da cheia: entulho por toda parte, praias tomadas pela sujeira — e nenhuma providência. Agora que os rios recuam, renovo o apelo: que o gestor aproveite a vazante para fazer o que não fez antes — limpar, recuperar, cuidar.

As praias em frente à cidade precisam voltar a ser cartão-postal. A Orla, com ladrilhos soltos, clama por reparos — com respeito ao padrão original e aos detalhes da nossa cultura.

Parte do cais, no trecho entre o Mascotinho e a Praça Gigi Alho, onde está o Museu João Fona, encontra-se interditada por conta da erosão. Isso não é só concreto ruindo. É memória desabando.

Em Alter do Chão, a rodovia Everaldo Martins, logo na entrada da vila, precisa ser ampliada, calçada e drenada. O Caribe Amazônico não combina com sujeira — nem com abandono.

E, já que as águas estão baixando, que se faça a devida limpeza da praia. O Sairé vem aí — e os turistas merecem ser bem recebidos. Nós também.

Aponto aqui o mínimo. O essencial. O urgente.

Santarém é uma dádiva da natureza, mas não se sustenta apenas com fé e beleza. Precisa de gestão.

Fica o apelo.

E, se você concorda, @migo leitor, compartilhe, cobre, faça eco.


A cidade agradece.

sábado, 19 de julho de 2025

Não entre em política sem dinheiro

Meus amigos, ouvi a vida inteira o povo dizer: “não entre em política sem dinheiro.” Ignorei. Achei que bastava ter ideias, vontade, coragem. Não basta.

Aprendi, com o tempo — e com a prática —, que campanha política, principalmente no Brasil, ainda é um jogo bruto e caro. Quem já disputou uma eleição sabe: com dinheiro, elege-se até quem não tem preparo, compromisso ou caráter. Até um poste!

É por isso que o Brasil vai mal. Olhem para o Congresso: a exceção virou exceção mesmo. O que se constata — sem querer generalizar, mas com pesar — é a predominância da incompetência e da incoerência.

E quem paga essa conta exponencial? Nós. O erário banca esse peso quase morto — e o custo recai sobre os nossos ombros. Pagamos caro pelas escolhas erradas, pela desinformação, pela apatia.

Precisamos mudar isso. E a mudança começa pela assunção de responsabilidade. Democracia não se terceiriza.

Vamos praticar a cidadania ativa, @migo leitor — que também é eleitor e, por isso mesmo, corresponsável.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Eu recomendo e apoio

O Quinto Constitucional, para mim, ficou no passado — foi soterrado. Entretanto, se os amigos aceitarem a minha sugestão, entre as diversas opções disponíveis no certame, votem 23 — Dra. Anete Penna, que reúne, entre seus atributos, sensibilidade, humildade, formação humanística e competência, com reais condições de chegar ao desembargo.

Me. José Ronaldo Dias Campos

terça-feira, 15 de julho de 2025

Santarém é notícia no Jornal da Globo

Por José Ronaldo Dias Campos

Acordei hoje com Santarém na tela da Globo — infelizmente, não por suas belezas naturais, seu povo altivo ou sua rica história amazônica. No “Bom Dia Brasil”, a manchete foi direta como tapa na cara: a cidade com um dos piores índices de saneamento básico do país.

Sim, @migo leitor. No ranking nacional da dignidade urbana, nossa Santarém amarga lugar de destaque. Nenhuma novidade para quem vive aqui e sente, no asfalto esburacado, no fornecimento de água potável, nas valas que margeiam ruas e becos, o abandono cotidiano.

Eu vivo batendo nessa tecla. Escrevo, denuncio, aponto caminhos. Mas nossas autoridades não ouvem. Moram em Marte. Ou, mais precisamente, em condomínios onde o esgoto é tratado, a água não falta, chega limpa, e a realidade — essa palavra incômoda — é mantida a distância.

A ausência de saneamento básico não é um detalhe técnico: é violação de direitos humanos. É doença, é morte, é indignidade. É o retrato da desigualdade escancarada.

E o mais grave: essa tragédia não é invisível — ela é ignorada.

Investir em saneamento é salvar vidas, prevenir doenças, valorizar a cidade e o futuro. Mas por aqui, seguimos tratando esgoto como assunto de campanha, jamais de gestão. Quando muito, é promessa reciclada a cada eleição.

O Brasil inteiro viu. A vergonha foi nacional. Se isso ao menos enrubecesse os rostos dos responsáveis, já seria um começo. Mas por estas bandas, a vergonha evaporou junto com a dignidade.

Até quando?

domingo, 13 de julho de 2025

Estado do Tapajós: uma aspiração histórica

Caros conterrâneos,

Creio que já passou da hora de concretizarmos a emancipação político-administrativa do Oeste do Pará, historicamente subjugado aos interesses da metrópole. Não se trata de gesto separatista movido por ressentimentos, mas de um passo necessário à construção de um futuro mais justo, equitativo e promissor para nossa gente.

Que o Estado do Pará, mãe generosa, compreenda e acolha com amistosidade essa legítima aspiração emancipatória. A divisão territorial não romperá os laços de cultura, história e afeto que nos unem. O que se pretende é, tão somente, que o Oeste do Pará possa autogerir-se com autonomia, imprimindo suas próprias prioridades ao desenvolvimento regional, sem o viés centralizador que há décadas sacrifica nosso progresso.

Não nos falta legitimidade. Já enfrentamos um plebiscito, em 2011, no qual o povo da região, de forma contundente e democrática, manifestou-se favoravelmente à criação do Estado do Tapajós, com mais de 98% dos votos válidos. Ainda assim, o projeto foi frustrado pela oposição ferrenha da capital e pela lógica majoritária do eleitorado concentrado em Belém e arredores, que insiste em decidir por nós — mesmo diante da abissal distância física, econômica e institucional que nos separa.

Belém, a capital, nada perderá. Permanecerá como centro político de um território ainda vasto, com estrutura consolidada e recursos suficientes para seguir sua caminhada. O que se propõe é a reorganização territorial que viabilize um novo modelo de gestão regional, onde Santarém possa, enfim, exercer seu protagonismo, liderando um Estado nascido da esperança, da diversidade e da força do seu povo.

É chegada a hora de retomarmos esse debate com maturidade e coragem. O Estado do Tapajós não é apenas uma aspiração histórica. É uma urgência contemporânea.

terça-feira, 8 de julho de 2025

A Garapeira Ypiranga é do Cacheado

SENTENÇA SAIU HOJE 🖊️🎯⚖️ - Garapeira Ypiranga é propriedade particular e não ocupa espaço público, diz Justiça

https://www.jesocarneiro.com.br/para/garapeira-ypiranga-e-propriedade-particular-e-nao-ocupa-espaco-publico-diz-justica.html

Clique 👉 https://www.jesocarneiro.com.br/para/garapeira-ypiranga-e-propriedade-particular-e-nao-ocupa-espaco-publico-diz-justica.html

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Pensata

O que eu acho:

Essa mudança de nome do Parque da Cidade soa como um desrespeito à identidade local, à memória urbana e ao bom senso legislativo. Dar nome a logradouros públicos não deveria ser moeda de gratidão política ou homenagem oportunista.

Especialmente quando o homenageado não tem ligação afetiva, histórica ou social direta com o local. Santarém não é subúrbio de Belém. É cidade com alma própria.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Puxão de orelha

Como santareno de nascimento e de coração, cultor da nossa história, não posso me calar diante da insólita decisão de mudar o nome do Parque da Cidade para homenagear politicamente um ex-vice-prefeito de Belém, sob qualquer pretexto, em flagrante desconsideração à memória de ilustres personalidades locais que, com mérito, permanecem vivas no coração do povo tapajônico.

O prefeito e a Câmara Municipal, antes de deliberar sobre tão significativa alteração, deveriam ter recorrido — por dever de respeito institucional e sensibilidade histórica — ao parecer do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap) e da Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS).

Se é pra piorar, melhor deixar como está: Parque da Cidade. E ponto final. Não precisa mais que isso. 

Deixo aqui o meu veemente protesto e o alerta: decisões que ignoram a identidade local desfiguram o passado e comprometem o futuro.

*José Ronaldo Dias Campos

Pensata

Onde a razão orienta, o coração humaniza e o direito sustenta, a justiça se revela.