A cortina de fumaça que assola Santarém, enquanto a chuva não chega, fruto das mudanças climáticas, tende a se repetir na próxima estação, causando danos à saúde e diversos prejuízos, como ocorre atualmente. Sem querer ser pessimista, a situação exige atenção e ação.
Não é novidade, e chega a ser cultural, o uso de queimadas nos campos para preparar o plantio de novas lavouras entre novembro e dezembro, aproveitando o início das chuvas do inverno amazônico. Fato amplamente conhecido!
Além disso, há aqueles que, de forma dolosa, utilizam o fogo para abrir clareiras com fins escusos, como grilagem de terras públicas, expansão territorial ou invasões. Até mesmo na zona urbana, é comum que se ateie fogo ao lixo no próprio quintal, prejudicando toda a vizinhança.
Portanto, enquanto aguardamos que São Pedro envie as necessárias chuvas, que alternativas podemos adotar para mitigar o problema causado pela estiagem? Respondo:
1. Conscientizar a população para não queimar o lixo em seus quintais, evitando o agravamento da fumaça que afeta a vizinhança;
2. Levar essa conscientização aos agricultores e ribeirinhos, orientando-os a evitar essa prática nociva;
3. Promover campanhas educativas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, com recursos do poder público;
4. Mobilizar igrejas e cultos religiosos para difundir a mensagem contra o uso irresponsável do fogo e advertir sobre as sanções legais;
5. Incentivar a sociedade a fiscalizar e denunciar, por meio de canais como um 0800 específico para relatar práticas ilícitas;
6. Ampliar a presença das brigadas de incêndio voluntárias nas comunidades rurais, com treinamento e fornecimento de equipamentos básicos para combate ao fogo;
7. Fomentar o uso de tecnologias agrícolas que substituam o uso do fogo, como técnicas de rotação de culturas, compostagem e adubação verde;
8. Criar incentivos fiscais ou subsídios para agricultores que adotem práticas de manejo sustentável, reduzindo a dependência do fogo;
9. Implantar monitoramento por satélite, identificando rapidamente focos de incêndio e integrando esforços com órgãos de defesa civil e ambientais;
10. Realizar mutirões de plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, engajando a população e reduzindo riscos futuros.
Com tais medidas, unindo educação, fiscalização, tecnologia e incentivo à sustentabilidade, é possível minimizar os danos causados pelas queimadas e melhorar a qualidade de vida da população em Santarém e região.
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