Eu sempre lutei para construir tudo o que tenho, que conquistei com muito trabalho, e posso garantir, sem enganar ou explorar ninguém, humildemente, que consegui até mais do que esperava. Deus foi bom comigo.
Sou o penúltimo filho de uma prole de nove irmãos, de família humilde, porém honrada, como sempre fiz questão de declarar, de confessar.
Em minha trajetória tive momentos difíceis, de decepções, que as vezes me obrigaram a recuar para poder avançar com segurança em busca da felicidade, misto de realidade e utopia.
Aprendi que no processo da vida o momento certo à consecução de determinado propósito também depende de fatores externos, exógenos, que só mais tarde se vai perceber, para poder compreender.
Se o que você projetou não aconteceu como pretendido, como esperado, foi inexitoso, releve, não lastime, inocorreu porque não era o momento adequado à sua conquista. Persista, persiga o seu ideal, que está no mundo do dever ser, aproximando-o do real, do concreto, do palpável.
Vontade superior, inexplicável, que não se pode olvidar, orbita em torno de nós, de nossas vontades, restando certo que se era pra ser seu um dia será.
Já fui cético, procurando na ciência resposta pra tudo, ilusão superada com o passar dos tempos, após compreender que só a fé em Deus, como entidade superior, pode mitigar a nossa ignorância, trazendo a almejada paz espiritual.
Não sou de frequentar com assiduidade a igreja, de comungar, mas converso com Deus comumente, e isso me faz bem e traz a necessária compreensão das coisas inexplicáveis, revigorando-me para o dia seguinte, progressivamente.
Destarte, o Desembargo será a minha última conquista, fechando com chave de ouro a luta por um judiciário mais justo, próximo do povo, que respeite o advogado e prestigie a dignidade da pessoa humana, como princípio fundamental do Direito, forte na Constituição Federal.
Estou de bem com a vida. Seja o que Deus quiser.
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