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Judiciário precisa coibir abusos na aplicação da delação premiada para
que o instituto não seja descartado por erros do Ministério Público. Foi
o que disse o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal,
sobre a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de devolver um pedido de homologação de delação.
Segundo Gilmar Mendes, Judiciário precisa coibir abusos na
aplicação da delação premiada para que o instituto não seja descartado
por erros do Ministério Público.Carlos Moura/SCO/STFLewandowksi afirmou que a Procuradoria-Geral da República prometeu o
que não poderia cumprir: perdão judicial e progressão de regime para os
crimes pelos quais o delator for condenado, poder que só o Judiciário
tem. “Me parece extremamente importante que essas questões sejam
colocadas para o aperfeiçoamento da delação premiada. É importante que
eventuais erros que ocorram não contaminem o próprio instituto, porque
daqui a pouco nós passamos a cogitar da sua própria extinção por causa
dos abusos. É preciso corrigir os abusos”, disse o ministro Gilmar, na
saída de um evento do Tribunal Superior Eleitoral.
Revista Consultor Jurídico, 16 de novembro de 2017, 17h34
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